Desvendando o Universo do TDAH: Entendendo e Superando os Desafios"
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é um transtorno no desenvolvimento do autocontrole.
Consiste em problemas no tempo em que a pessoa consegue sustentar a atenção e no controle dos impulsos e do nível de atividade. Interfere também no comprometimento da vontade ou da aptidão da criança para controlar seu comportamento em relação a passagem do tempos, ou seja, ter em mente metas e consequências futuras.
Importante deixar claro que não se trata de uma falha dos pais em disciplinar ou cria-lo de forma adequada, não há "maldade" inerente ou de falha moral da criança, é um obstáculo real, que gera problemas tanto na escola como em casa.
É uma fase desafiadora, mas normal na infância que será superado na maioria dos casos. No entanto, se esse transtorno não for reconhecido e tratado, a vida da criança pode ser repleta de fracassos e resultados insatisfatórios, sabe-se que 30% a 50% dessas crianças acabam repetindo de ano na escola no mínimo uma vez. Nada menos que 35% não conseguem concluir o ensino médio. A socialização de metade dessas crianças fica severamente comprometida, e para 60% ou mais o comportamento desafiador gera incompreensão e ressentimento nos irmãos, frequentes repreensões e punições, e maior potencial para delinquência e abuso de substâncias mais adiante.
Características do TDAH:
- Se manifesta cedo no desenvolvimento infantil
- Diferencia claramente essas crianças das que não tem o transtorno
- É relativamente difundido ou ocorre em muitas situações diferentes, embora não necessariamente em todas
- Afeta a capacidade da criança de funcionar de modo bem-sucedido para atender as demandas típicas com as quais se defrontam as crianças dessa idade nas várias atividades da vida
- É relativamente persistente ao longo do tempo o do desenvolvimento
- Não é prontamente identificado apenas por causas ambientais ou sociais
- Está relacionado com anormalidades no funcionamento e no desenvolvimento cerebral, o que equivale a dizer que tem a ver com um falha ou déficit no funcionamento natural de uma capacidade mental presente em todos os seres humanos normais
- Está associado a outros fatores biológicos que podem afetar o funcionamento ou o desenvolvimento cerebral (genética, lesões, presença de toxinas etc.).
O TDAH vem sendo estudado por médicos, psicólogos, psiquiatras, neurologista, e outros, observou-se que o TDAH se compõe de três problemas principais que afetam a capacidade de uma pessoa de controlar seu comportamento:
- Dificuldades com a sustentação da atenção e dispersão aumentada,
- Dificuldade em controlar ou inibir impulsos
- Dificuldade na autorregulação do nível de atividade.
Podemos considerar que também desenvolvem problemas adicionais com:
- Menor consciência de si mesmo e com o automonitoramento,
- Dificuldade na memória de trabalho (conseguir lembrar o que há para ser feito);
- Dificuldade em considerar as consequências futuras das ações que se propõem a fazer (planejamento, gestão do tempo, lembrar e seguir regras e instruções);
- Dificuldade para autorregular as emoções e motivação,
- Dificuldade em solucionar problemas para superar obstáculos as suas metas;
- Excessiva variabilidade de reações a situações (particularmente ao realizar tarefas),
Todos esses sintomas são abrangidos pelo termo "funcionamento executivo", que se fere aquela aptidões mentais que as pessoas usam para se autorregularem.
Cientistas continuam debatendo a extensão e a razão de haver esse problema com o funcionamento executivo ? se ele se aplica a todos os casos, e se é devido a problemas com a regulação, com a ativação ou com a estimulação cerebral ou ainda com algum problema mais profundo relacionado ao crescimento (desenvolvimento) do cérebro e a conectividade e funcionamento das células nervosas.
A maior parte dos pesquisadores concordam que a inibição do comportamento, especificamente, e em certos aspectos do funcionamento executivo, num plano mais geral, são os problemas centrais para a maior parte das crianças que apresentam TDAH. Pode-se constatar muitas pesquisas realizadas nas últimas décadas com treinos de neuromodulação cerebral para melhorar a função executiva, de acordo com alguns protocolos as respostas são muito positivas.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é geralmente tratado com uma combinação de terapia comportamental e medicamentos e com ajuda da neurociência podemos melhorar com técnicas de neuromodulação. Aqui estão alguns dos principais tratamentos e sua eficácia:
- Medicação: estimulantes como metilfenidato (Ritalina) e anfetaminas (Adderall), são comumente prescritos para controlar os sintomas de TDAH. Eles ajudam a aumentar a atenção e o foco, porém a eficiência dos medicamento variam de pessoa para pessoa, muitas vezes é significativa a redução dos sintomas.
- Terapia Comportamental: TCC e treinamento de habilidades sociais, podem ajudar as pessoas com TDAH a desenvolverem estratégias para lidar com seus sintomas. Isso pode incluir técnicas para melhorar a organização, gerenciar o tempo e controlar impulsos. Sua eficácia pode variar, mas muitas pessoas acham que ela associada a medicação e ou neuromodulação, seus resultam são maiores.
- Educação e Intervenções na Escola: crianças com TDAH, é importante o contato do profissional com a escola, além de ajudar a escola a compreender melhor o quadro do TDAH, pode-se incluir a implementação de planos de educação individualizados (PRIs), adaptações no ambiente de aprendizado e apoio de professores e conselheiros. Essas intervenções tendem a minimizar os impactos do TDAH no desempenho acadêmico e no comportamento social.
- Apoio Familiar: envolver a família no tratamento do TDAH pode ser crucial. Educar os membros da família sobre o transtorno e desenvolver estratégias de apoio pode ajudar a criar um ambiente mais solidário e compreensivo para a pessoa com TDAH.
Estudos científicos sobre neuromodulação, com tDCS (Estimulação transcraniana por corrente contínua) e neuroffeedback, também são possibilidades de tratamentos potenciais para o TDAH.
Aqui estão algumas informações sobre esses tratamentos e seus resultados:
- tDCS (Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua): é uma técnica de neuromodulação que envolve a aplicação de uma corrente elétrica leve, no couro cabeludo, para modular a atividade cerebral. Estudos sobre tDCS para redução de sintomas do TDAH tem mostrado resultados mistos, alguns estudos sugerem qua a tDCS pode melhorar sintomas de atenção e controle de impulsos em pessoas com TDAH, outros estudos não encontraram benefícios significativos.
- Neurofeedback: é uma técnica que permite as pessoas aprenderem a autorregular a atividade cerebral através de sinais de feedback em tempo real. Em relação ao TDAH, estudos tem mostrado que o neurofeedback pode ser eficaz na melhoria dos sintomas, incluindo atenção, impulsividade e hiperatividade. No entanto, sua eficácia pode variar de acordo com o protocolo utilizado e a resposta individual do paciente.
Embora os métodos de neuromodulação têm sido amplamente pesquisados e seus resultados têm sido promissores para a redução dos sintomas do TDAH, sabemos que as pesquisas continuam para entender melhor sua eficácia e abrangência neurológica, além de determinar protocolos de tratamento para o TDAH mais eficientes, que os atuais.
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento e os sintomas tentem a diminuir com a maturidade, mas não há uma cura para esse transtorno e sim redução ou remissão dos sintomas e é importante a consciente do processo psicoterapêutico para desenvolver habilidades que possam usar caso tenham recaídas.
Por isso recomendamos abordagens terapêuticas combinadas, seus resultado são mais eficientes.